SPTrans revela quais empresas lideram multas por excesso de velocidade em São Paulo

Se há algo que as empresas de ônibus de São Paulo sabem fazer bem, além de lotar veículos em horários de pico, é ultrapassar limites—de velocidade, claro. Em 2024, segundo reportagem da TV Globo e portal g1, a SPTrans aplicou mais de R$ 4 milhões em multas por excesso de velocidade. No topo do ranking aparecem Metrópole Paulista, Sambaíba e TransUnião.
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Quem lidera as multas?
A Metrópole Paulista lidera sem surpresas, já que opera o maior número de linhas na cidade. Em seguida, vem a Sambaíba, que acelerou bastante, acumulando 1.014 multas, das quais 430 foram canceladas após recurso. Em terceiro, a TransUnião fecha o ranking das operadoras mais multadas.
A reportagem não divulgou os números das outras empresas, mas a Sambaíba respondeu oficialmente sobre suas infrações.
A SPTrans desconta esses valores de multas diretamente da remuneração das operadoras, impactando o caixa dessas empresas—ou pelo menos deveria impactar.
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Ônibus rápidos só no papel?
Nas redes sociais, passageiros reagiram com surpresa e revolta. Para muitos, os ônibus da capital são lentos, especialmente nos horários de pico. Um passageiro comentou no Twitter: “Se tem multa por excesso de velocidade, deve ser só quando voltam para a garagem”. A percepção é clara: ônibus rápidos só existem no tacógrafo e nos relatórios oficiais.
A discrepância entre os dados oficiais da SPTrans e a percepção dos usuários levanta uma pergunta importante: esses ônibus rápidos existem mesmo, ou os excessos acontecem em horários específicos e pouco movimentados?
O que leva os motoristas a acelerarem?
Segundo a Prefeitura, treinamentos são realizados com frequência, e há fiscalização contínua com tacógrafos. Porém, as multas sugerem que algo não está funcionando na prática. A razão pode estar relacionada à pressão por cumprir horários apertados.
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O urbanista Ricardo Vasconcelos explica: “Qualquer atraso pode gerar punições internas. Por isso, motoristas aceleram além do permitido, arriscando multas pela SPTrans em troca de cumprir cronogramas apertados”.
Como solucionar o problema?
Para reduzir as multas, algumas soluções práticas podem ser implementadas:
- Revisar os tempos previstos para os trajetos;
- Monitoramento em tempo real para evitar excessos;
- Melhorar a eficácia dos treinamentos oferecidos;
- Maior transparência nas informações sobre as infrações para conscientizar o público.
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A questão continua em aberto
Enquanto isso, os passageiros continuam se segurando nos ônibus durante os trajetos—principalmente quando esses veículos, ocasionalmente, decidem acelerar. Resta saber se as empresas mudarão suas práticas ou continuarão pagando para andar acima do limite.
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