Greve da CPTM suspensa após votação apertada; operação será normal nesta quarta (26)

Os funcionários da CPTM em São Paulo suspenderam a greve após uma votação apertada na noite de terça-feira, 25 de março de 2025. A decisão, que contou com 24 votos a favor e 23 contra, garantiu a operação normal das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade nesta quarta-feira, 26 de março. A seguir, entenda os detalhes da suspensão da greve, os motivos por trás dela e o impacto para os passageiros.
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Votação apertada suspende a greve da CPTM
Na assembleia realizada na noite de terça-feira, a decisão de suspender a greve foi aprovada por uma margem mínima de um voto. A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB) teve um placar apertado de 24 votos favoráveis e 23 contra, refletindo a divisão entre os trabalhadores da CPTM sobre os rumos do movimento.
A greve estava prevista para começar na quarta-feira, 26 de março, afetando diretamente as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, responsáveis pelo transporte de milhares de passageiros em São Paulo.
Privatização das linhas da CPTM como principal motivo da greve
A greve dos funcionários da CPTM foi impulsionada pela privatização das linhas 8 e 9 da companhia, proposta pelo governo de São Paulo. Os trabalhadores temem que a mudança na administração prejudique seus direitos trabalhistas, como a estabilidade no emprego e os benefícios, além de comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.
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A privatização das linhas da CPTM gerou forte oposição dos trabalhadores, que temem impactos negativos tanto nas condições de trabalho quanto na qualidade do transporte público oferecido aos usuários. O movimento grevista tinha como objetivo pressionar o governo paulista a repensar o processo de privatização.
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) intervém para evitar a greve
Antes da votação, a CPTM informou que, caso a greve continuasse, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcaria uma audiência para o dia 26 de março. Essa audiência visava mediar o impasse. A intervenção do TRT buscou evitar maiores impactos no transporte público e encontrar uma solução para o conflito.
Embora a audiência estivesse agendada, os trabalhadores decidiram suspender a greve antes da intervenção do tribunal, como uma forma de evitar maiores transtornos aos passageiros que dependem do transporte da CPTM.
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Ação simbólica: uniformes pretos como protesto contínuo
Apesar da suspensão da greve, os trabalhadores da CPTM continuarão a pressionar o governo paulista. Como forma de protesto simbólico, os funcionários utilizarão uniformes pretos durante o expediente, uma medida que sinaliza que as reivindicações dos trabalhadores ainda não foram atendidas e que a luta continua, apesar da suspensão da greve.
Essa ação simboliza a continuidade da insatisfação dos trabalhadores com o processo de privatização das linhas da CPTM.
Prazo para resposta do governo: o que esperar nos próximos dias
Os trabalhadores da CPTM estabeleceram um prazo até sexta-feira, 28 de março de 2025, para que o governo paulista se posicione sobre a preservação dos direitos dos trabalhadores e a proteção dos empregos no contexto da privatização. A expectativa é que o governo forneça uma resposta clara sobre como as questões trabalhistas serão tratadas ao longo do processo de privatização.
Caso o governo não se posicione de maneira satisfatória, o sindicato poderá retomar a greve ou buscar novas formas de mobilização.
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Conclusão: tensão continua, mas operação segue normalmente
Embora a greve tenha sido suspensa, as questões centrais que motivaram o movimento ainda não foram resolvidas. O governo de São Paulo ainda precisa garantir que os direitos dos trabalhadores da CPTM sejam preservados durante o processo de privatização. Por enquanto, os passageiros das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade podem seguir utilizando os trens sem interrupções. No entanto, a tensão entre os trabalhadores e o governo continua, e o futuro das linhas da CPTM permanece em aberto.
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