13 Vetos no Metrô SP e CPTM: Como o bom senso salvou Estações de mudanças de nomes

Se você achou que hoje, 1º de abril, só traria mais uma daquelas mentiras tradicionais do dia, pode tirar o cavalinho da chuva: essa informação é 100% verdadeira. O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou hoje, 1º de abril de 2025, uma série de vetos que, sinceramente, merecem uma celebração. Foram barrados 13 projetos de lei que tentavam alterar os nomes de estações do Metrô e da CPTM. Isso mesmo! Enquanto o transporte público enfrenta tantos desafios, o foco dos nossos representantes estava, surpreendentemente, em mudar o nome de algumas estações.
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Mas, graças ao bom senso e à Constituição do Estado de São Paulo, todos esses projetos foram vetados. Um alívio, não é mesmo? Afinal, em um sistema de transporte que tanto precisa de investimentos reais, a última coisa que a população deseja é mais mudanças que não impactam diretamente a qualidade do serviço.
O impacto dos 13 vetos: O que estava em jogo nas propostas de mudança de nomes
A proposta de renomear algumas das estações do metrô causou bastante polêmica, e não é difícil entender por quê. Abaixo, confira algumas das sugestões mais curiosas que estavam em discussão:
- Estação Grajaú para Estação Sebastião Zillig (projeto de Jorge Caruso) – Uma proposta sem identificação clara para os passageiros que só querem chegar ao seu destino.
- Estação Água Branca para Estação Nacional – Água Branca (projeto de Luiz Fernando Ferreira) – A mudança parecia mais uma tentativa de resolver um problema inexistente, ignorando o que realmente importa para os usuários do transporte.
- Estação CECAP para Estação CECAP – Mamonas Assassinas (projeto de Jorge Wilson, o Xerife do Consumidor) – Uma tentativa de eternizar a banda Mamonas Assassinas em uma estação, uma ideia que, felizmente, não passou.
- Linha 1 – Azul para Linha 1 – Prefeito Faria Lima (projeto de Geraldo Vinholi) – Uma proposta de mudança que, em vez de focar em melhorias para o transporte, pretendia homenagear uma figura política com uma avenida notoriamente congestionada.
- Pátio Oratório da Linha 15-Prata para Helio Ribeiro (projeto de Orlando Morando) – Uma homenagem que geraria, no mínimo, algumas dúvidas sobre sua aplicabilidade aos trilhos e trens.
- Estação Faria Lima para Estação Largo da Batata (projeto de Carlos Neder) – Embora a estação não mudasse de lugar, o nome “Largo da Batata” teria dado um toque gourmet à região, o que felizmente não aconteceu.
- Estação São Bento para São Bento Hip Hop (projeto de Leci Brandão) – A proposta de renomear a estação para um tributo ao movimento Hip Hop foi, felizmente, barrada.
- Estação Japão-Liberdade para África-Japão-Liberdade (projeto de deputado Reis) – A ideia de misturar várias culturas na estação parecia mais um slogan do que uma homenagem real.
- Estação Tiradentes para Estação Tiradentes – Coreia do Sul (projeto de Gil Diniz) – Uma proposta de multiculturalismo que, na prática, poderia transformar o sistema de transporte em um mural de slogans, sem necessariamente agregar valor à experiência do passageiro.
Essas propostas de mudanças de nome, embora bem-intencionadas em alguns casos, não contribuem para melhorar a experiência dos passageiros. O sistema de transporte público em São Paulo precisa de investimentos reais, como modernização da infraestrutura, aumento da capacidade dos trens e mais opções de acessibilidade. Trocar o nome das estações não resolveria problemas como a superlotação ou os atrasos diários.
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O custo de mudar nomes
Não é só uma questão de substituir uma placa. Alterar o nome de uma estação envolve uma série de custos adicionais. A troca de placas, a atualização de sistemas de sinalização, ajustes nos aplicativos de transporte, campanhas de comunicação – tudo isso gera um custo significativo para os cofres públicos. Só para dar um exemplo, a troca de nome de três estações em 2006 custou R$ 2,25 milhões, o que, se atualizado, passa facilmente dos R$ 3 milhões.
Com esses recursos, poderíamos ter melhorias reais no sistema, como mais trens, mais vagas e melhor atendimento para quem depende do transporte público todos os dias.
O papel da fiscalização
No Mobilidade360, nossa análise não se baseia em partido ou ideologia política. O que realmente importa é a qualidade das propostas e seu impacto direto na vida dos cidadãos. Nesse caso, a tentativa de mudar nomes das estações era uma solução cara e ineficaz para problemas reais que precisam ser resolvidos no transporte público.
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A luta por melhorias reais
A vitória contra esses projetos de mudança de nome é, na verdade, uma vitória para todos os usuários de transporte público. A população quer melhorias de verdade: mais pontualidade, mais conforto, mais investimento na infraestrutura. A mensagem é clara: queremos um sistema de transporte eficiente e acessível, não um mural de placas comemorativas.
Agradecemos ao bom senso que prevaleceu nesse veto e, mais uma vez, reforçamos a importância de direcionarmos as energias para propostas que realmente façam a diferença para a vida dos passageiros.
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Conclusão: O que esperamos para o futuro
Com a vitória dessa vez, fica a esperança de que mais projetos focados em melhorias reais para o transporte público sejam discutidos. O sistema de metrô e CPTM de São Paulo precisa de mais do que homenagens; ele precisa de ações concretas que garantam qualidade de serviço para todos os cidadãos. Quem sabe, com mais atenção a essas questões essenciais, a próxima estação inaugurada seja um marco de eficiência e conforto, e não de apenas um nome novo.
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