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Quem comprou a Linha 7-Rubi? Conheça as empresas por trás da mudança

Linha será operada por concessão, e não por venda direta

Muitos usuários dos trens metropolitanos de São Paulo perguntam: “Quem comprou a Linha 7-Rubi?”. Desde já, vale esclarecer: o Governo do Estado não vendeu a Linha 7-Rubi, mas concedeu sua operação à iniciativa privada. O governo formalizou um contrato de concessão por 30 anos com o consórcio TIC Trens, que venceu a licitação do projeto Trem Intercidades Eixo Norte.

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O contrato entra em vigor em novembro de 2025. A partir dessa data, a TIC Trens será responsável pela operação, manutenção e modernização da Linha 7-Rubi, hoje administrada pela CPTM. A concessionária também assumirá dois novos serviços ferroviários. O Trem Intercidades (TIC) vai ligar São Paulo a Campinas. Já o Trem Intermetropolitano (TIM) fará o trajeto entre Francisco Morato e Campinas, com paradas em cidades intermediárias.

Quem faz parte do consórcio TIC Trens?

O consórcio TIC Trens é formado por duas empresas:

  1. Comporte Participações S.A.
    Holding de mobilidade controlada pela família Constantino, fundadora da companhia aérea Gol Linhas Aéreas. A Comporte atua principalmente no setor de transporte rodoviário, com participação em diversas viações no país, como Piracicabana e Princesa do Norte. Apesar de sua presença consolidada no setor rodoviário, a empresa ainda não possui histórico expressivo na operação ferroviária.
  2. CRRC Hong Kong
    Subsidiária da CRRC Corporation, estatal chinesa e maior fabricante de trens do mundo, com atuação em diversos países. A CRRC é reconhecida por sua expertise técnica em sistemas ferroviários de média e alta velocidade.

No consórcio, a Comporte lidera o grupo, sendo a responsável majoritária pela gestão, enquanto a CRRC entra com conhecimento técnico, tecnológico e suporte em engenharia ferroviária.

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Como funciona a concessão da Linha 7-Rubi?

A concessão segue o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). Isso significa que o Estado continua sendo o dono da infraestrutura (trilhos, estações e trens), enquanto a empresa privada assume a operação e os investimentos, mediante metas de desempenho, qualidade e pontualidade estabelecidas em contrato.

Durante os 30 anos de vigência, a TIC Trens deverá renovar a frota de trens, reformar estações, modernizar sistemas de controle e segurança e integrar os diferentes modais de transporte.

O objetivo do projeto é oferecer um serviço mais eficiente, com menor tempo de viagem, mais conforto e segurança, além de aliviar a sobrecarga no sistema de ônibus e metrô da Grande São Paulo.

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Quando começa a operação?

Com a assinatura do contrato, a TIC Trens e a CPTM já iniciaram os primeiros treinamentos e ações de transição. A expectativa é que a operação total da Linha 7-Rubi e dos novos serviços comece em novembro de 2025, de forma gradual, para evitar impactos aos passageiros.

Resumo

  • A Linha 7-Rubi não foi vendida, foi concedida por 30 anos.
  • A Comporte Participações S.A. e a CRRC Hong Kong formaram o consórcio TIC Trens.
  • O modelo de concessão adotado é uma Parceria Público-Privada (PPP).
  • A operação completa deve começar em 2025, com metas de modernização e qualidade no serviço.

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Aílton Donato

Profissional de marketing digital, apaixonado por mobilidade urbana, especialmente trilhos e ônibus. Usuário do transporte público sempre que é a melhor opção, evitando o estresse do trânsito. Também atua como Técnico em Edificações, unindo experiência em infraestrutura e deslocamento urbano.

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