Como vai ser o BRT Aricanduva? Entenda o projeto que vai transformar a mobilidade na Zona Leste de São Paulo

Como vai ser o BRT Aricanduva? Essa é uma dúvida comum entre os moradores da Zona Leste de São Paulo — e a resposta envolve uma das obras de mobilidade mais ambiciosas da cidade nos últimos anos. Previsto para ter as obras iniciadas em 2025, o BRT Aricanduva (Bus Rapid Transit) é um corredor exclusivo de ônibus com 13,6 quilômetros de extensão, ligando a Avenida Radial Leste (Metrô Carrão) ao Terminal São Mateus.

Quando concluído, o sistema poderá beneficiar diretamente cerca de 290 mil passageiros por dia e alcançar, de forma indireta, mais de 1 milhão de pessoas. A proposta busca transformar o transporte público com mais fluidez, integração e conforto, especialmente em uma das regiões mais populosas da cidade.

Trajeto e estrutura do BRT

O corredor será construído no canteiro central das avenidas Aricanduva, Ragueb Chohfi e Inácio Monteiro. O trajeto contará com:

• 24 estações de embarque e desembarque
• 2 terminais
• Ciclovias ao longo da via
• Pavimento rígido e faixas exclusivas
• Calçadas acessíveis e requalificadas

A infraestrutura foi planejada para comportar ônibus de grande porte e garantir fluidez mesmo em horários de pico.

Estações modernas e acessíveis

As estações do BRT Aricanduva devem seguir padrão elevado de qualidade e acessibilidade. Segundo o projeto, elas contarão com:

• Cobrança antecipada de tarifa
• Plataformas acessíveis com piso tátil e rampas
• Painéis digitais com informações em tempo real
• Wi-Fi gratuito e banheiros públicos (em pontos estratégicos)

Essas melhorias buscam aproximar o sistema de ônibus do padrão já oferecido em linhas de metrô e trem, proporcionando mais conforto e agilidade aos passageiros.

Integração com outros modais

O novo corredor se integrará a importantes eixos de transporte da capital e da Região Metropolitana:

• Linha 3-Vermelha do Metrô
• Linhas 11-Coral e 12-Safira da CPTM
• Corredor Metropolitano ABD (EMTU)

Essa integração permitirá deslocamentos mais rápidos entre bairros, centro, ABC e outras regiões, com redução de até 50% no tempo de viagem em relação aos ônibus convencionais.

Obras e impactos no trânsito

A previsão é que a licitação ocorra em 2025, com início das obras no mesmo ano. Durante a execução, haverá impactos temporários:

• Interdições em vias locais
• Desvios de rotas e pontos de ônibus
• Obras paralelas em calçadas, fiação e iluminação
• Monitoramento por agentes de trânsito

Embora essas mudanças causem transtornos pontuais, a Prefeitura afirma que adotará medidas para minimizar os impactos à população.

Infraestrutura para mobilidade ativa

Além de melhorar o transporte coletivo, o projeto prevê a valorização da mobilidade ativa. As obras incluirão:

• Ciclovias contínuas no eixo viário
• Calçadas padronizadas com acessibilidade universal
• Rampas e sinalização para pessoas com deficiência
• Iluminação reforçada para maior segurança

Essas medidas incentivam o uso de meios sustentáveis e tornam os espaços urbanos mais inclusivos.

Segurança, conforto e inclusão

O projeto também foca na segurança e experiência do passageiro. As estações terão:

• Ambientes iluminados e supervisionados
• Painéis com informações em tempo real
• Cobrança fora dos ônibus, agilizando o embarque
• Acessibilidade total para idosos, PCDs e gestantes

Impacto social e mobilidade para quem mais precisa

Além da eficiência viária, o BRT Aricanduva pode gerar impacto positivo no acesso a oportunidades. Com deslocamentos mais rápidos, moradores da Zona Leste terão maior facilidade para chegar a escolas, hospitais, comércios e postos de trabalho.

Quando as obras começam?

A Prefeitura de São Paulo concluiu o projeto executivo com apoio do Banco Mundial. O investimento estimado é de R$ 612 milhões, com recursos da administração municipal. A licitação está prevista para 2025, com início das obras ainda no mesmo ano.

Resumo do projeto do BRT Aricanduva

Considerações finais

O BRT Aricanduva representa um avanço estratégico na modernização do transporte público de São Paulo. Com tecnologia, planejamento e foco na inclusão social, o projeto busca oferecer à Zona Leste um sistema mais rápido, eficiente e integrado. Apesar dos desafios temporários durante as obras, os benefícios esperados incluem melhor conectividade, redução de congestionamentos e mais dignidade para os usuários do transporte coletivo.

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