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CPTM é contratada para anteprojeto do VLT no Centro de SP

Anteprojeto elétrico do VLT no Centro de SP será feito pela CPTM.

O VLT no Centro de São Paulo deu um passo prático rumo à implantação. A SP Urbanismo contratou a CPTM para elaborar o anteprojeto que organiza a parte elétrica do sistema e as subestações necessárias. Em termos simples, é a fase que define o que será feito e como deve funcionar antes de começar a obra. O contrato vale R$ 1.398.000,47 e tem vigência de 150 dias a partir de 29/08/2025, com registro no Processo DA00525 – CN DA00525-01 e publicação no Diário Oficial.

O que muda com esse anúncio

A Prefeitura ganha um mapa técnico para guiar as próximas etapas. O documento vai dizer onde a energia entra, como ela se distribui pela rede e quais equipamentos sustentam a operação. Isso reduz riscos, evita retrabalhos e dá base para os projetos executivos e as licitações de obra. Para o usuário, esse passo aumenta a previsibilidade do cronograma e aproxima a cidade de um serviço de alta frequência em áreas de grande circulação.

O que é anteprojeto, sem jargão

Anteprojeto é um rascunho técnico detalhado, mas ainda não é o desenho final da obra. Ele define a solução escolhida, apresenta desenhos conceituais, lista exigências de desempenho, estima custos e prazos e mapeia riscos e interferências. Pense nele como um roteiro que orienta o nível seguinte de detalhe. Com isso, quem vai projetar e construir sabe exatamente o que entregar e com quais parâmetros de qualidade e segurança.

O que a CPTM vai entregar

A CPTM deverá detalhar a arquitetura de suprimento de energia de tração, os pontos de injeção, a capacidade e a proteção das subestações e os critérios de seccionamento da rede. O trabalho inclui verificar travessias, dutos, interferências no subsolo e a compatibilização com redes existentes (água, esgoto, telecom e energia). O objetivo é garantir regularidade, segurança e eficiência energética desde o primeiro dia de operação do VLT.

Como será o sistema “Bonde São Paulo” — resumo oficial

Segundo a Prefeitura, o VLT, chamado “Bonde São Paulo”, nasce para reorganizar a mobilidade, reforçar a segurança viária, ampliar a acessibilidade e qualificar o espaço público com corredores verdes. Em síntese:

  • Traçado: duas linhas circulares, cerca de 12 km e 27 estações, conectando áreas como Bom Retiro e Brás e pontos como Mercado Municipal, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade.
  • Demanda e frota: atendimento de até 130 mil passageiros/dia; trens elétricos de cinco vagões para cerca de 450 passageiros por composição.
  • Operação: das 6h à meia-noite, com intervalo máximo de ~6min30s.
  • Integração: cinco terminais de ônibus, nove estações do Metrô e duas da CPTM; possível ligação com BRT e futura Linha 19-Celeste do Metrô.
  • Tarifa: compatível com o sistema de ônibus.
  • Requalificação urbana: calçadas acessíveis, ciclovias integradas, mais áreas verdes e estímulo à redução do uso do carro e da poluição.

Impactos práticos para quem circula pelo Centro

O Bonde São Paulo pretende facilitar deslocamentos curtos e médios sem depender do automóvel. A integração com SPTrans, Metrô e CPTM encurta conexões, melhora tempos de viagem e distribui melhor a demanda em horários de pico. Para quem trabalha, estuda ou visita a região, a tendência é ter intervalos menores, previsibilidade e rotas mais diretas entre pontos turísticos, culturais e de comércio.

Por que a parte elétrica é decisiva

A forma como a energia é distribuída influi em aceleração, frequência, consumo e confiabilidade. Definir topologia de alimentação, capacidade das subestações e redundâncias no anteprojeto evita gargalos futuros. Além disso, orienta intervenções no subsolo com menos impacto nas redes existentes, reduzindo riscos durante a obra e custos de operação no longo prazo.

Prazos, valor e processo

O contrato está avaliado em R$ 1.398.000,47 (base maio/2025) e tem vigência de 150 dias. A data de assinatura é 29/08/2025. O registro consta no Processo DA00525 – CN DA00525-01 e foi publicado no Diário Oficial. Esses marcos permitem acompanhar a entrega do anteprojeto e organizar as etapas seguintes, como projetos executivos, licenciamentos e licitações.

Quem é quem

A SP Urbanismo é a contratante e coordena o projeto no âmbito municipal. A CPTM foi contratada para produzir o anteprojeto de sistemas elétricos e de subestações, mobilizando equipe com experiência em operações sobre trilhos e padrões metroferroviários. O arranjo concentra capacidade técnica e acelera a transição para o detalhamento.

Próximas etapas e transparência

Com o anteprojeto concluído, a Prefeitura pode avançar para o detalhamento de engenharia, licenças, contratações e, por fim, obras. Cada fase gera documentos públicos com escopos, prazos e valores. A publicação no Diário Oficial assegura rastreabilidade, controle social e comparação futura com editais e contratos de obra.

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Aílton Donato

Profissional de marketing digital, apaixonado por mobilidade urbana, especialmente trilhos e ônibus. Usuário do transporte público sempre que é a melhor opção, evitando o estresse do trânsito. Também atua como Técnico em Edificações, unindo experiência em infraestrutura e deslocamento urbano.

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