CPTM

Vagão histórico é pichado dias após chegar a Ribeirão Pires

O que foi projetado para ser um novo ponto cultural e turístico na cidade amanheceu vandalizado no último sabado (27).

Um vagão histórico da série 2100, doado pela CPTM, foi alvo de pichação na madrugada do último sabado, 27 de setembro, em Ribeirão Pires. O trem, que havia sido instalado há poucos dias ao lado da pista de skate como parte de um projeto de preservação da memória ferroviária, amanheceu com a lataria coberta por tinta, gerando reações imediatas da comunidade. O ato de vandalismo transformou o debate sobre a chegada do vagão em um exemplo concreto da principal crítica feita ao projeto: a vulnerabilidade e os custos de manutenção. As informações são do Diário de Ribeirão Pires.

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Preocupação que se torna realidade

Desde o anúncio da chegada dos vagões, a opinião popular na cidade se mostrou dividida. Enquanto muitos celebravam a iniciativa como um resgate histórico, uma parcela significativa dos moradores manifestou, principalmente em redes sociais, uma forte preocupação com a possibilidade de vandalismo. O receio de que o vagão pichado em Ribeirão Pires se tornasse realidade era um dos principais argumentos de quem questionava a viabilidade do projeto. A pichação deste fim de semana materializa esse temor e dá força àqueles que acreditam que a estrutura se tornará um “elefante branco”, exigindo gastos contínuos com segurança e limpeza.

Um projeto de memória ferroviária

A instalação do vagão faz parte de uma iniciativa da prefeitura para criar um novo ponto turístico e cultural na cidade. A composição foi recebida como uma doação sem custos da CPTM, cabendo ao município apenas as despesas com o transporte e a instalação. O objetivo declarado era homenagear a importância da ferrovia para o desenvolvimento da região do Grande ABC. No entanto, o ato de depredação coloca em xeque a execução do projeto e a capacidade do poder público de zelar pelo novo patrimônio.

Debate sobre prioridades se intensifica

Além do risco de vandalismo, a segunda maior crítica dos cidadãos mirava diretamente a alocação de recursos. Por isso, muitos moradores questionavam por que a prefeitura não aplicava melhor o investimento em áreas mais urgentes, como saúde, infraestrutura e, ironicamente, na própria segurança pública.

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Agora, com a pichação, o debate sobre o vagão em Ribeirão Pires escala. Ele deixa de ser uma questão de memória cultural para se transformar em uma discussão acalorada sobre as prioridades da gestão municipal. Em outras palavras, a população questiona a eficácia das políticas de segurança para proteger o patrimônio. Apesar de tudo, até o momento, a prefeitura ainda não anunciou quais medidas tomará para restaurar o vagão ou para coibir novos ataques no local.

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Aílton Donato

Profissional de marketing digital, apaixonado por mobilidade urbana, especialmente trilhos e ônibus. Usuário do transporte público sempre que é a melhor opção, evitando o estresse do trânsito. Também atua como Técnico em Edificações, unindo experiência em infraestrutura e deslocamento urbano.

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