Finalmente! O monotrilho de Congonhas está saindo do papel? Veja as últimas atualizações da linha 17-Ouro
Relatório de janeiro de 2025 revela avanços na obra que conectará o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi
Após anos de atrasos e paralisações, a linha 17-Ouro do monotrilho finalmente apresenta avanços significativos. O Relatório de Empreendimentos de janeiro de 2025, divulgado pelo Metrô de São Paulo, detalha o progresso das obras, que seguem em fase avançada, incluindo a instalação de trilhos, finalização de estações e testes com trens.
Histórico do projeto
A equipe responsável planejou entregar a linha 17-Ouro antes da Copa do Mundo de Futebol de 2014 para facilitar o acesso ao Aeroporto de Congonhas. No entanto, problemas contratuais e sucessivos atrasos adiaram a obra repetidamente. Já se passaram duas edições do torneio – Rússia (2018) e Catar (2022) – e a construção ainda não foi concluída. Agora, com a próxima Copa se aproximando, surge a dúvida: desta vez, a obra ficará finalmente pronta?
O que já foi feito?
Avanços na estrutura das estações
O relatório do Metrô de São Paulo aponta avanços importantes na construção das estações:
- Estação Washington Luís – instalação dos vidros e finalização do acabamento interno.
- Estação Aeroporto de Congonhas – instalação das estruturas metálicas e portas de plataforma.
- Estação Brooklin Paulista – trabalhos finais de acabamento e sistema de energia em fase de instalação.
- Estação Campo Belo – estrutura de vidros e acabamento externo já finalizados.
Instalação de trilhos e sistemas elétricos
A instalação dos trilhos e do sistema de energia está em progresso, com destaque para a montagem mecânica das portas de plataforma na estação Morumbi.
Novos trens em fase de testes
A linha contará com trens automatizados, equipados com ar-condicionado, câmeras de segurança e portas de plataforma. Em janeiro de 2025, o primeiro trem realizou sua primeira viagem teste, percorrendo o trecho entre o pátio Água Espraiada e a estação Washington Luís. Os trens, fabricados pela BYD, possuem cinco carros, 60,8 metros de comprimento e capacidade para 616 passageiros.
Impacto e benefícios
A linha 17-Ouro será fundamental para a mobilidade da zona sul de São Paulo, conectando o Aeroporto de Congonhas às seguintes linhas de metrô e trem:
- Linha 5-Lilás (ViaMobilidade), na estação Campo Belo
- Linha 9-Esmeralda (ViaMobilidade), na estação Morumbi
Além disso, sua operação trará benefícios ambientais e econômicos:
- Redução de 226 toneladas de poluentes por ano.
- Diminuição de 25.711 toneladas de gases de efeito estufa.
- Economia de 11,7 milhões de litros de combustível por ano.
Por ser um sistema elevado, o monotrilho também exige menos desapropriações e gera menor impacto urbano em comparação a sistemas subterrâneos ou de superfície.
Quais os desafios da obra?
Apesar dos avanços, o projeto da linha 17-Ouro ainda enfrenta desafios:
- Atrasos na entrega dos trens – a aquisição e entrega das composições foi um dos principais entraves do projeto e ainda pode impactar o cronograma.
- Interferências urbanas – o trecho passa por áreas movimentadas de São Paulo, exigindo planejamento cuidadoso na execução das obras.
- Integração com outras linhas – a conexão eficiente com as linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda será essencial para o sucesso da operação.
Operação da linha 17-Ouro
Assim como a linha 15-Prata, a linha 17-Ouro será um monotrilho, mas com um modelo de operação diferente. Enquanto a linha 15-Prata é operada pelo Metrô de São Paulo, a linha 17-Ouro será operada pela ViaMobilidade, empresa responsável também pela gestão das linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Veja também:
Quando a linha 17-Ouro será entregue?
O governador Tarcísio de Freitas e diversas fontes oficiais afirmam que a previsão de início da operação comercial da linha 17-Ouro é junho de 2026. Caso o cronograma seja mantido, a linha será inaugurada três Copas do Mundo depois do prazo inicialmente prometido para 2014, evidenciando a longa espera e os desafios enfrentados ao longo dos anos.
Conclusão
A linha 17-Ouro se tornou um dos projetos mais desafiadores da mobilidade paulista devido aos sucessivos atrasos e problemas contratuais. No entanto, com as obras em estágio avançado e os primeiros testes de trens já em andamento, o projeto finalmente parece ganhar forma.