O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 2,4 bilhões para a primeira fase da expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo. A obra já está em andamento e prevê a construção de um novo trecho entre Vila Prudente e Penha. No total, serão 8,3 quilômetros e oito novas estações, o que contribuirá para a melhoria da mobilidade urbana na região.
Detalhes do Projeto
A obra conta com um orçamento total de R$ 7,8 bilhões. A previsão de conclusão é para dezembro de 2028. Com a expansão, a Linha 2-Verde será integrada à Linha 3-Vermelha do Metrô e à Linha 11-Coral da CPTM na estação Penha. Após a conclusão das obras, a Linha 11-Coral também fará parada nesse local, facilitando a conexão entre os sistemas.
De acordo com estimativas do Metrô de São Paulo, a nova extensão poderá atender aproximadamente 320 mil passageiros por dia útil. A iniciativa também prevê a construção de uma base de manutenção e estacionamento para os trens, além de melhorias na infraestrutura metroviária existente.
O BNDES já havia destinado R$ 3,6 bilhões para a aquisição de 44 novos trens, que serão utilizados na Linha 2 e em outras linhas impactadas pela expansão.
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Impactos Estimados
Estudos técnicos indicam que, com a conclusão da expansão, o tempo de deslocamento entre Vila Prudente e Penha poderá ser reduzido em até 35%. Além disso, a espera média para embarque na Linha 2-Verde deve diminuir em cerca de 22%.
A redistribuição do fluxo de passageiros também pode impactar positivamente o sistema, reduzindo aproximadamente 120 mil transferências diárias em estações de grande movimento, como Sé, Brás e Luz.
A Linha 3-Vermelha poderá registrar uma queda na ocupação de passageiros por metro quadrado estimada em 38%, aliviando a lotação e melhorando a qualidade do transporte para os usuários.
Aspectos Econômicos e Ambientais
A expansão do metrô também pode gerar impactos econômicos positivos na região, incluindo um crescimento estimado de 30% no comércio ao longo do novo trecho da Linha 2-Verde. O aumento da circulação de pessoas tende a valorizar imóveis próximos às novas estações e incentivar novos empreendimentos.
No aspecto ambiental, estudos indicam que a ampliação poderá reduzir cerca de 41,6 mil toneladas de emissões de CO₂-equivalente por ano. Esse impacto ocorrerá devido à transferência de parte dos deslocamentos de veículos individuais para o transporte sobre trilhos, que é mais sustentável.
A substituição de viagens motorizadas particulares pelo metrô pode trazer diversos benefícios. Além de melhorar a qualidade do ar, a medida ajuda a reduzir congestionamentos e incentiva um modelo de mobilidade mais sustentável para a cidade.
Investimentos do BNDES em Mobilidade Urbana
Desde o ano 2000, o BNDES já financiou R$ 27,6 bilhões para projetos de metrô e trens metropolitanos no estado de São Paulo. Em nível nacional, o banco destinou aproximadamente R$ 63,1 bilhões para infraestrutura de transporte urbano no mesmo período.
Além da expansão do metrô, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 2,5 bilhões para a compra de 1.300 ônibus elétricos. Essa medida busca modernizar o sistema de transporte público de São Paulo e reforça o compromisso do banco com a mobilidade sustentável.
O banco tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da infraestrutura de transporte público no Brasil, com projetos que visam modernizar e expandir a rede metroviária e ferroviária do país.
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Perspectivas
A ampliação da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo faz parte de um conjunto de investimentos em infraestrutura de mobilidade urbana, que incluem a modernização e expansão do transporte sobre trilhos.
O financiamento aprovado pelo BNDES reforça o esforço para atender à crescente demanda por transporte público na cidade, oferecendo alternativas de deslocamento mais rápidas, seguras e eficientes para a população.
Com a conclusão dessa obra, a expectativa é de um transporte público mais acessível e com maior capacidade para atender aos milhões de passageiros que circulam diariamente pela capital paulista.
