Linha 20-Rosa: Associações pedem mais estações na Faria Lima
Entidades pressionam o Metrô para incluir mais paradas no principal eixo econômico de São Paulo, destacando a importância da Faria Lima para a mobilidade urbana.

Um grupo de 17 associações de bairros e entidades pressiona o Metrô de São Paulo a reconsiderar o traçado atual da futura linha 20-rosa. O plano atual prevê apenas duas estações na Avenida Faria Lima, um dos maiores corredores econômicos de São Paulo. No entanto, o projeto original, que incluía cinco estações na avenida, é defendido por moradores e empresários locais. Eles acreditam que essa proposta é essencial para melhorar a mobilidade urbana e impulsionar o desenvolvimento da região. As informações são da Folha de São Paulo.
Segundo o Metrô, o novo traçado da linha conectará os municípios do ABC à zona oeste de São Paulo. Ele prevê paradas nas estações Tabapuã e Jesuíno Cardoso na Faria Lima. No entanto, as associações acreditam que o traçado original, mais próximo da avenida, atenderia melhor ao perfil da região. O Metrô justifica que ajustes são necessários. Ele aponta restrições geológicas e a complexidade do traçado, que passa por áreas densamente urbanizadas, como o bairro de Pinheiros.
Mudanças no projeto e os impactos para a mobilidade urbana
O projeto atual da linha 20-rosa prevê a criação de uma nova estação na Rua Teodoro Sampaio. As associações afirmam que isso comprometeria a eficiência da linha. Elas defendem que mais estações ao longo da Faria Lima aumentariam a captação de passageiros. Além disso, impulsionariam o desenvolvimento econômico nas áreas vizinhas.
Fernando Sampaio, presidente da Ame Jardins, uma das entidades que lidera a mobilização, afirma que a remoção de estações nas ruas Pedroso de Morais e Rebouças prejudicaria a conectividade com o eixo principal da cidade. Ele defende que a Faria Lima é vital para o fluxo de passageiros e deslocamentos pendulares, essenciais para a mobilidade urbana.
Consultoria técnica apoia a ideia de mais estações na Faria Lima
As associações encomendaram o estudo, realizado pelo consultor em mobilidade urbana Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô. Ele sugere que o traçado original, com cinco estações na Faria Lima, seria mais vantajoso para o crescimento de Pinheiros, Itaim Bibi e Moema. Além disso, ajudaria a aumentar o fluxo de passageiros. Avelleda também afirma que os problemas geológicos poderiam ser resolvidos com soluções de engenharia, como foi feito com a estação Faria Lima no início dos anos 2000.
O projeto atual da linha 20-rosa inclui a criação de uma nova estação na Rua Teodoro Sampaio. As associações afirmam que essa mudança prejudica a eficiência da linha. Elas argumentam que adicionar mais estações ao longo da Faria Lima aumentaria a captação de passageiros. Além disso, elas destacam que isso impulsionaria o desenvolvimento econômico nas áreas vizinhas.
Opiniões divergentes e o impacto na Vila Madalena
Outro ponto de discórdia é a construção da estação Girassol na Vila Madalena, parte do projeto da linha 20-rosa. Moradores e comerciantes da região expressaram preocupações sobre os impactos que a instalação da estação causaria no bairro. Beatriz Torres, empresária e líder do movimento contra a estação, alerta sobre a especulação imobiliária gerada pela construção da parada na Rua Purpurina, onde a estação será instalada.
Para a Ame Jardins, a estação Girassol é uma necessidade técnica para atender à crescente demanda na região, que hoje enfrenta congestionamentos e carência de transporte público adequado. No entanto, a instalação da estação pode transformar a área, que é predominantemente residencial, em um novo polo comercial, com prédios de grande altura, como permitido pelo Plano Diretor aprovado no ano passado.
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O futuro da linha 20-rosa e o impacto para São Paulo
Com previsão de 1,3 milhão de passageiros diários, a linha 20-rosa será uma das mais importantes do sistema de metrô de São Paulo. Quando finalizada, a linha deverá conectar áreas importantes da zona oeste, como Pinheiros, Vila Olímpia e Moema, ao ABC. O Metrô espera que as obras comecem em 2027 e que a linha, com seus 33 km de extensão, proporcione uma mobilidade mais eficiente para a cidade.
A proposta das associações de bairros de incluir cinco estações na Faria Lima reflete a importância dessa região como um eixo econômico e de mobilidade urbana. A decisão final sobre o traçado da linha 20-rosa terá um impacto significativo na vida dos paulistanos e no futuro da mobilidade urbana em São Paulo, que busca se adaptar às demandas de uma metrópole crescente e cada vez mais dependente de transportes públicos eficientes.
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