Atriz pega Metrô lotado e desabafa: ‘Senti o que vive o trabalhador’

Nesta segunda-feira (13), a atriz Mariana Xavier usou suas redes sociais para um forte desabafo. A artista, conhecida pelo papel de Marcelina em “Minha Mãe é Uma Peça”, enfrentou o Metrô Rio lotado. Sua experiência trouxe à tona o debate sobre a qualidade do deslocamento urbano.
“Senti na pele a rotina do trabalhador”
A situação, embora corriqueira para a maioria, tornou-se notícia pela perspectiva de quem raramente a vivencia. “Hoje, eu pude sentir na pele o que vive o trabalhador do Rio de Janeiro”, declarou a atriz. Seu relato transcende a reclamação individual e se torna um sintoma de um problema crônico. Xavier retornava de um compromisso por volta das 17h e descreveu a experiência no Metrô Rio lotado como ser espremida “igual uma sardinha”.
O privilégio de escolher como se locomover
O ponto central do desabafo não foi apenas o desconforto, mas a consciência do privilégio. Ela fez questão de frisar que não depende do metrô em sua rotina. Essa honestidade expõe a ferida mais profunda da crise de mobilidade: a desigualdade. Enquanto uma parcela da população pode escolher outros modais, a grande maioria — a realidade do trabalhador — não tem escolha. Para estes, a superlotação no Metrô Rio não é um “perrengue” esporádico, mas a única via para chegar ao trabalho.
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Tarifa alta para um serviço precário
A crítica de Mariana Xavier também tocou em um ponto sensível: o custo. Muitos passageiros questionam a tarifa do MetrôRio, uma das mais altas do país. O valor se torna ainda mais criticado quando o cenário de um Metrô Rio lotado é constante e a qualidade do serviço não corresponde ao preço. A sensação de insegurança e a baixa frequência dos trens agravam a experiência.
O apelo final da atriz — “Vamos dar uma melhorada aí, hein?” — ecoa a voz de milhares de passageiros anônimos. Todos clamam por um transporte público de mais qualidade. O desabafo sobre o Metrô Rio lotado serve como um poderoso megafone para uma causa urgente. A sociedade deve tratar o transporte de massa como um direito do cidadão, e não como uma mercadoria cara.